quarta-feira, 1 de junho de 2011

Todos os prazeres surreal

Quanto tempo né? Voltei, e como viajo no universo das artes, sou fã do mundo louco dos artistas e me vejo como tal, inicio o retorno falando de um louco e inspirador artista surreal. 
Surgindo em Paris nos anos  20, esse movimento que enfatiza o papel do inconsciente na pintura, totalmente influenciado por teorias psicanalíticas de Freud, e também o Marxismo, vem a tona conteúdos que nos revelam lindas e perturbadoras obras de arte. Tendo também  destaque no cinema e no teatro,esse movimento  até mesmo na escrita do nome é perturbador. 
Ao ficar diante de uma obra de arte que retrata uma criação surrealista ficamos pensando tantas coisas, que a possibilidade de ser real é loucura total. O seu artista mais famoso como Salvador Dalí, nos levanta o olhar e nos proporciona uma sensação inegável de loucos pensamentos. Ao tentar falar desse humano Dalí, me falta inspiração por ser tão perturbador seu estilo. Me vejo em seus relógios gigantes,  paisagens decotadas em troncos, barcos e chuvas que nunca "existiram", cabelos que são cachoeiras, enormes cabeças, medos e flores. É um mundo de pura viagem, loucura, delírios, um gozo na criação.
Quem em seu próprio real falaria assim? 
Por que os artistas sabem que a arte, como primeira manifestação de linguagem, nos faz "falar" diante de qualquer criação. Portanto, quem falaria como Dalí na arte senão por um meio tão inconsciente? 
Como essência pura que cheira a um néctar nunca produzido, uma arte que nos fascina em um suicídio embriagador, o surrealismo é como um vinho que em seu vermelho bebemos o sangue dos nossos ocultos desejos e deletamos por segundos nossa cruel realidade. 
Vou deixar vocês se deleitarem com Dalí, e dizer que é permitido nesse blog gozar nos mais ocultos dos desejos: a descoberta de Eu.








Maria dos Prazeres Pereira da Silva 

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