quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os prazeres de cada picadeiro

É assim, sem menos se espera eles chegam, vem de mansinho, com carros estranhos uma mistura de vários modelos de automóveis, pessoas diferentes. É mesmo fascinante ficar observando os bastidores desse espaço que não tem lugar para o ridículo. 
"Ah, o circo vem aí, quem chora tem que rir com tanta palhaçada..."
O circo, gente, tem não só o poder de encantar crianças como também os adultos, a felicidade de frequentar o espaço circense é saber que ali não tem lugar para o preconceito, por isso vamos lá felizes e cheios de esperança de sair em cada instantes fortes e gostosas gargalhadas.
Surgindo na China, passando pela Grécia e Egito, o circo surgiu há mais de 4.000 anos (quatro mil anos), mas assim mesmo há relatos de que no século VI a. C., no Império Romano houve espetáculos denominados circenses. No Brasil só no século XIX surge o circo com seus poderes e encantamentos.
Vamos ao circo sem querer saber da sua forma ou cor, tem os sem lonas, os famosos "tomara que não chova", os de lona mais montadas e desmontadas à qualquer tempo, os sofisticados que tem uma enorme estrutura. Mas todos tem o mesmo nome: CIRCO. Tendo o nome inspirado nas arenas em forma circular, o circo denomina o tempo de alegria, descobertas e suspenses. 
Como no passe de mágica arranca das cartolas o público,
monta-se na penumbra da mágica o terror do susto,
vamos todos em cordas bambas no ir e vir do passeio contorcionista.
A grandeza de sorrir dos anões
vendo os domadores minar os lançadores de espadas,
que acertam em cheio os corações das dançarinas de rumba.
Vamos esperando a hora da tão chegada pintura, que com rostos manchados de tintas chamamos maquiagem, vamos nós felizes palhaços viajando no mundo colorido e maravilhoso do circo.
Chega ao fim da lembrança o sonho de embarcar na transformação dos cuspidores de fogo,
Que com os malabaristas vão se indo em cortinas de aplausos que anunciam o fim do show, nunca o fim do espetáculo. Porque como toda persistência de vida vai de novo a noite esperando o novo e solene dia onde viveremos de novo a repetição do cenário, mas nunca a repetição do olhar.

Maria dos Prazeres Pereira da Silva